quarta-feira, 7 de março de 2012

no regrets or cigarettes

hoje pensei o dia inteiro em você, como se já não fosse o suficiente ter pensado a semana inteira. o que faz de você tão especial assim? você nem gosta de escrever, não sabe pintar, não canta bem (não mesmo, me mate). nem gosta de literatura!
aposto que tá nem aí pro que eu escrevo. poxa, eu queria dizer um chega! bem grande, daqueles com direito a pontos finais. sabe por que estou fazendo esse blog? pra jogar minhas mágoas fora (porque eu tô precisando, honey). talvez se eu descobrisse o que faz eu gostar tanto assim de você eu consiga desinventar isso.
acho que tudo começa com seu olhar. não, acho que com o cheiro. com uma combinação dos dois. quando você olha nos meus olhos parece que estou dentro de um deserto. não que seja triste, pelo contrário, é maravilhoso. muito solitário, cheio de estrelas no céu e areia nos pés (só perde pro mar, você sabe). mas aí... você tem cheiro de maresia, meu deus (por quê?).
eu que nem gostava do seu nome, agora acho a coisa mais bonita do mundo, como se as letras combinassem perfeitamente com o som e com a essência. como estou piegas! é o amor que faz isso com a gente? que mentira, sou eu que faço isso comigo mesma.

vou te contar o que eu queria, em duas partes. é que são duas possibilidades, eu ficaria satisfeita com qualquer uma das duas:

I) que você me amasse. que me desse um abraço que arranhasse alma inteira. acorda, amor, que o dia lá fora vem chamando nossas mãos para um passeio na praia. vamos tomar uma cerveja, fumar um cigarro e conversar sobre a música do saxofonista da pracinha. vem, me dá um beijo, deixa eu encostar nos teus cabelos pendurados de cheiros gostosos.     
posso fazer um desenho seu? não, eu não vou embora, só quero ultrapassar a vida, esse amor de horas e dias, e transformar você um pouquinho em arte. sabe, essa coisa de reiventar as coisas. quero que você seja sempre possível.   

II) adeus. esse é somente o fim. os sentimentos escorregados para o fundo do mar, como conchas que se perdem um dia. nenhum cigarro e nenhum arrependimento. tudo bem, talvez só um pouquinho dos dois, mas nada que mate. 
a gente se vê? sei lá, de repente. beijos.

não posso ter nenhum dos dois.

Um comentário:

  1. "quero que você seja sempre possível."

    Não seria?



    "II) adeus. esse é somente o fim. os sentimentos escorregados para o fundo do mar, como conchas que se perdem um dia. nenhum cigarro e nenhum arrependimento. tudo bem, talvez só um pouquinho dos dois, mas nada que mate.
    a gente se vê? sei lá, de repente. beijos."

    Um grande pesar.


    "não posso ter nenhum dos dois."

    Qual o significado das certezas?"

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